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A primeira vez que ouvi falar no cantor Márcio Greyck - um legítimo mineiro de Belo Horizonte – foi por intermédio do meu tio Alberto, atento apreciador das vozes mais bonitas do país. E sempre que ele trazia à tona aquele nome até então desconhecido para mim (e já tão evidente em todo o país), não esquecia de comentar que Márcio Greick era também um dos preferidos do seu irmão, meu saudoso tio Pedrinho, falecido em 1982, quando eu ainda era a única neta, única sobrinha, portanto a queridinha da família. Tio Pedrinho gostava muito de mim. E contava com a certeza de um amor retribuído. Eu tinha apenas três anos de idade quando o ouvia cantarolar “aparências nada mais sustentaram nossas vidas...”, uma das mais conhecidas de Greyck, e somente na adolescência fui associando o nome do cantor àquela música que ouvia repetidamente quando criança. O conjunto letra/melodia ficou gravado em minha alma. A música marcou também a memória afinada da família inteira. E foi assim que fui apresentada ao cantor predileto do meu tio Pedrinho. E cada canção daquele compositor bonitão de olhos verdes me fazia sentir um tipo bom de nostalgia. Aliás, desconfio que foi exatamente ali que também fui apresentada ao nobre sentimento chamado ‘saudade’. Ouvir Márcio Greyck hoje é o mesmo que ouvir tio Pedrinho cantarolando pela casa da vó Dapaz; é o mesmo que ouvir o meu tio Alberto me convidando a sentar na sala da sua casa, em frente à TV, uma espécie de lugar sagrado, onde juntos cultivamos a saudade e celebramos as lembranças mais fieis de um tempo que não corre o menor risco de ser esquecido.
...porque a vida é reescrita a todo momento!
domingo, 21 de março de 2010
MÁRCIO GREYCK: SINÔNIMO DE SAUDADE
A primeira vez que ouvi falar no cantor Márcio Greyck - um legítimo mineiro de Belo Horizonte – foi por intermédio do meu tio Alberto, atento apreciador das vozes mais bonitas do país. E sempre que ele trazia à tona aquele nome até então desconhecido para mim (e já tão evidente em todo o país), não esquecia de comentar que Márcio Greick era também um dos preferidos do seu irmão, meu saudoso tio Pedrinho, falecido em 1982, quando eu ainda era a única neta, única sobrinha, portanto a queridinha da família. Tio Pedrinho gostava muito de mim. E contava com a certeza de um amor retribuído. Eu tinha apenas três anos de idade quando o ouvia cantarolar “aparências nada mais sustentaram nossas vidas...”, uma das mais conhecidas de Greyck, e somente na adolescência fui associando o nome do cantor àquela música que ouvia repetidamente quando criança. O conjunto letra/melodia ficou gravado em minha alma. A música marcou também a memória afinada da família inteira. E foi assim que fui apresentada ao cantor predileto do meu tio Pedrinho. E cada canção daquele compositor bonitão de olhos verdes me fazia sentir um tipo bom de nostalgia. Aliás, desconfio que foi exatamente ali que também fui apresentada ao nobre sentimento chamado ‘saudade’. Ouvir Márcio Greyck hoje é o mesmo que ouvir tio Pedrinho cantarolando pela casa da vó Dapaz; é o mesmo que ouvir o meu tio Alberto me convidando a sentar na sala da sua casa, em frente à TV, uma espécie de lugar sagrado, onde juntos cultivamos a saudade e celebramos as lembranças mais fieis de um tempo que não corre o menor risco de ser esquecido.
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