segunda-feira, 25 de junho de 2012

Sai pra lá, solidão!


Nada de ficar sozinho e triste! Solteiros, separados, divorciados e viúvos podem contar com o ‘Ímpares com Cristo’: projeto da Igreja Presbiteriana 12 de Agosto que surgiu há quase 7 anos para reforçar o que diz a Bíblia, no livro de Salmos: "Deus faz com que o solitário viva em família"

Alessandra Cavalcanti

Uma maravilhosa ideia que nasceu da necessidade de envolver pessoas solteiras (a partir de 25 anos), separadas, divorciadas e viúvas em atividades interessantes e saudáveis, melhorando sua saúde emocional e restaurando sua vida espiritual – considerando que a maioria traz histórias de perdas, dores, abandono e decepções. Com esse objetivo, nasceu o Ministério Ímpares com Cristo, em 2005.

E apesar de ser um projeto da Igreja Presbiteriana (do Brasil) 12 de Agosto, membros de várias igrejas evangélicas, a exemplo de batistas e assembleianos, também participam. “O Ímpares com Cristo tem sido muito gratificante para todos, inclusive componentes de outros ministérios reconhecem que o nosso grupo é animado, unido, com muitos talentos e dons que são aproveitados em atividades diversas”, comemora a atual coordenadora Ednalva Oliveira.


Ednalva faz uma observação importante, quando acrescenta que geralmente quem não é casado acaba tendo maior disponibilidade de tempo para utilizar, e lamenta o desinteresse de algumas igrejas com essas pessoas, que acabam se afastando por não conseguir espaço dentro da comunidade cristã. As reuniões do grupo acontecem quinzenalmente, em casas diversificadas. Uma vez ao mês, é realizado um intercâmbio com a Primeira Igreja Batista de Aracaju (Piba), na quadra da igreja, onde são realizadas palestras com assuntos de interesse dos grupos.


ATIVIDADES

“Participamos, também, de reuniões de confraternização, de oração, de estudo bíblico, de compartilhamento, dias de lazer, seminários, congressos, classe de Escola Bíblica Dominical (EBD), cultos nos lares, palestras, visitas, e evangelismo”, lista a coordenadora. Nas reuniões dos lares, participam cerca de 30 a 50 pessoas. Já nos seminários e congressos, o público varia entre 100 a 300 ímpares”, explica. E por falar nisso, por que o projeto se chama assim? Ednalva responde. “O nome ‘ímpares’ foi dado ao grupo porque não somos casados. E a junção do ‘Ímpares com Cristo’ se deu porque não estamos sozinhos. Deus cuida de cada um”, ressalta.

Ednalva afirma que através das atividades realizadas e do convívio com pessoas que passaram por situações semelhantes, tem sido possível restaurar a vida emocional e espiritual de cada uma, por meio da construção de relacionamentos saudáveis de amizade.

VEM CONGRESSO POR AÍ

Atenção, ímpares! A coordenadora Ednalva Oliveira convida vocês para o próximo congresso, que acontecerá em Maceió (no Hotel Atlantic), no período de 17 a 19 de agosto. O valor do pacote promocional é de R$ 560, incluindo inscrição, hospedagem, transporte, turismo e todo o material do evento. Mais informações podem ser obtidas com Marta Xavier e com a própria Ednalva, pelos fones 8819-7176 e 8805-6478.



quinta-feira, 21 de junho de 2012

Pecado em rede



A internet nasceu para ser ‘arma de guerra’, mas tem sido flecha certeira lançada contra lares, relacionamentos e ministérios. O que fazer para que essa ferramenta tão importante seja bênção no mundo real?

Alessandra Cavalcanti

“A internet aproxima quem está longe e afasta quem está perto. Essa foi a melhor definição que vi para uma ferramenta que tem ocupado totalmente a vida das pessoas”, destaca a servidora pública Marisa Reis, 35 anos. Mãe de dois adolescentes ‘viciados em internet’, como ela mesma define, e esposa de um professor de História que disputa a velocidade da conexão com os filhos, Marisa não esconde a tristeza ao afirmar que sua casa, nos últimos anos, tornou-se um lugar ‘silencioso e sem vida’, graças ao excesso de virtualidade que chegou com a internet.

“Passamos o dia todo fora de casa. Só conseguimos estar juntos à noite, mas ‘juntos’ apenas fisicamente porque, logo que eles chegam em casa, mal tomam banho e já correm para o computador. Nos fins de semana, acontece a mesma coisa. Eles até evitam sair para não largar o vício. Não conversamos, não brincamos, não temos mais tempo para nós. Não sei aonde vamos chegar”, desabafa Marisa.

Não faz muito tempo que a professora Dayse Prudente, 38, flagrou o esposo, em plena madrugada de sábado, com a webcam ligada, totalmente concentrado no desfile – ao vivo e em cores – de uma loira semi-nua, que sequer o deixou perceber a chegada da esposa no escritório onde todas as noites ele costuma ‘trabalhar’ até tarde.

FACEBOOK

O resultado dessa ‘aventurazinha virtual’ foi o incremento que faltava para que, após 14 anos de casamento, Dayse e o pai de sua filha findassem na sala de um advogado, como dois inimigos e papeis bem encaminhados para o divórcio.  Na casa do bombeiro Marcos Álvares Santana, 41, foi necessário bloquear ‘meia dúzia de sites’ para tentar vetar o acesso do filho de apenas 10 anos às páginas pornográficas.



Foi pelo Facebook – site e serviço de rede social – que a advogada Juliana Siqueira, 26, descobriu que o homem com quem havia casado há apenas um ano e meio mantinha um relacionamento com outra mulher antes mesmo de mudar de estado civil. “Ele trabalhava em outro Estado, e lá tinha uma namorada de muitos anos. Como ela e eu morávamos em lugares diferentes, parecia impossível que tudo fosse descoberto”, diz a advogada.

“Um dia, casualmente acessei a página de um amigo do meu então esposo, que morava do lado de lá, e vi uma sequência de fotos de um casal se beijando e passeando numa praia. Não acreditei quando vi que aquele era o mesmo que, diante do altar, da minha família e dos meus amigos, há tão pouco tempo tinha me prometido ser pra sempre fiel”, relembra Juliana.

RELACIONAMENTOS VIRTUAIS

Essas são apenas algumas histórias que servem para mostrar a ação negativa da internet na vida das famílias. Até mesmo algumas assumidamente cristãs não têm escapado dos chamados ‘pecados da net’. O pastor Emerson Porfírio, da Comunidade Presbiteriana de Aracaju (CPA), ressalta que, em casos mais extremos e não muito raros, os relacionamentos virtuais têm extrapolado os limites da internet, ganhando a realidade, culminando no fim de famílias, relacionamentos e ministérios.

“Quantos têm alimentado, através de sites pornográficos, as suas fantasias sexuais? Quantos, com a mente poluída com tanta pornografia, vivem cativos a cobiçar o seu próximo (Mateus 5.28)? A pornografia não é novidade, mas é fato que a internet a tornou mais acessível e menos controlada. O que dizer também dos que fazem uso da internet para falar da vida alheia, espalhar mentiras, denegrir o seu próximo, alimentar os seus desejos consumistas? Aquilo que poderia ser uma bênção tornou-se maldição para a vida de muitas pessoas”, lamenta o pastor.

POR OUTRO LADO...

Apesar dos pesares, Porfírio convida o leitor a imaginar que ótima ferramenta de trabalho tem sido a internet para aqueles que desejam divulgar o evangelho de Cristo. “Se antes a igreja contava com o trabalho dos chamados colpotores, distribuidores de Bíblias que desbravavam os vastos sertões brasileiros, deixando as suas famílias por meses sem as suas presenças, agora ela pode contar também com esse veloz meio de comunicação”, analisa.

Porfírio salienta como tem sido importante o uso da internet na comunicação entre os missionários no campo e respectivos mantenedores. Suas informações, relatórios e pedidos de oração chegam às igrejas em tempo real. “Enfim, a inteligência que Deus deu ao homem esta à disposição dele para o seu bem. No entanto, na contramão desse caminho, há aqueles que se deixam seduzir pelas facilidades da internet. Veem nela um mundo virtual no qual não há muita satisfação a dar a quem quer que seja. Podem ser o que desejam ser através de um perfil. Podem fazer virtualmente o que no mundo real seria reprovado. Dessa forma, escondidos dos olhos da sociedade, mentem sobre si e passam a viver uma vida paralela à realidade”, acrescenta o pastor.

NATUREZA PECAMINOSA

Contudo, o mal não está na internet, mas no coração do homem (Romanos 3.10-18; Tito 1.15). Com ou sem internet, a natureza humana pecaminosa encontrará meios para se manifestar. Emerson Porfírio adverte que cabe a cada um fazer bom uso da liberdade que possui, colocando em prática a recomendação do apóstolo Paulo: “Portanto, quer comais, quer bebais ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (1 Coríntios 10.31).

“Ao navegarmos pela internet, devemos ter sempre a consciência de que não há lugar no qual possamos nos esconder da presença de Deus (Salmo 139), assim, uma pergunta deve estar sempre viva em nossas mentes: O que estou fazendo edifica ou destrói? Tomando esses cuidados, viveremos bem e daremos graças a Deus pelos benefícios dessa ferramenta”, completa o pastor Emerson Porfírio.

O QUE PENSAM OS POLÍTICOS?

Deputado federal Valadares Filho (PSB/SE)

Falta legislação mais rígida para os crimes de internet, e nós, parlamentares, temos obrigação de promovê-la, a fim de que tenhamos o poder para regrar os abusos. Precisamos de leis firmes e fortes para coibir os excessos dos que usam a internet para o mal da sociedade e da família.

Senador Magno Malta (PR/ES)

Há pecado em todo lugar. A Bíblia diz que o mundo jaz no maligno. Onde tem joio tem trigo. A internet trouxe para nós o lixo do mundo. Hoje, o seu filho não precisa mais passar em uma banca de revista para ver pornografia. Isso sem falar que as bocas de fumo também estão ali dentro do computador e não somente na esquina da sua casa. Na internet, seu filho aprende a fazer bomba caseira, mas também pode aprender a fazer o bem. Então, basta que os pais não sejam analfabetos cibernéticos. A internet vai ser sempre uma ‘moça jovem’, diferente de nós, que vamos envelhecer. Ela é fundamental.

Fique sabendo!

  •  Segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), somente em 2005, cerca de 32,1 milhões de brasileiros acima de 10 anos de idade já haviam acessado a internet. Este número só tem crescido à medida que as empresas provedoras de internet têm popularizado os preços e os meios de acesso.
  • Fruto da Guerra Fria, a internet nasceu como uma ‘arma de guerra’. Ela seria um meio de comunicação militar que resistiria a ataques inimigos, caso os meios convencionais de telecomunicação viessem sofrer algum dano. Ainda entre as décadas de 70 e 80, a internet passou a ser utilizada por civis nas universidades norte-americanas e daí ganhou o mundo
  • Com a presença cada vez maior de internautas online (quase 75 milhões de brasileiros fazem uso regular da grande rede, segundo o instituto Ibope Nielsen), a web já é um dos espaços mais frequentados pelas pessoas.
  • Grandes redes sociais, como o Facebook e o Orkut, já têm mais pessoas como membros do que a população de muitos países. Além disso, a vida virtual ganha cada vez mais horas do cotidiano do homem moderno. O Brasil, por exemplo, é a nação onde o internauta passa mais tempo conectado – uma média de 19 horas e meia por mês –, segundo o Ibope Inteligense.








segunda-feira, 18 de junho de 2012

VIDA CONJUGAL: Casamento X união estável


Será que Deus espera que homem e mulher se testem sentimental e sexualmente para verificar se poderão viver juntos até que a morte os separe? Qual a vontade do Senhor para a vida do casal? 

Alessandra Cavalcanti

Há quase cinco anos, a professora Ana Maria Góis Santos, 27 anos, e o funcionário público Jadson Silva Santos, 28, vivem sob o mesmo teto, como marido e mulher. Apesar de nutrirem o mesmo amor um pelo outro, somente ela pensa em casar, enquanto ele considera o casamento apenas a formalização de uma união que já existe. Detalhe: há algum tempo, Aninha, como é mais conhecida, vem frequentando uma igreja evangélica, em Aracaju, fato que tem aumentado dia após dia o sonho do matrimônio e da maternidade. E aí, como a Bíblia analisa uma união como essa? E como deve ser o casamento aos olhos de Deus?

Segundo o célebre doutrinador de Direito Civil, Sílvio Rodrigues, casamento é o contrato de Direito de Família que tem por fim promover a união do homem e da mulher, em conformidade com a lei, a fim de regularem suas relações sexuais, cuidarem da prole comum e se prestarem à mútua assistência. Por sua vez, a união estável, segundo Sílvio Venosa, outro respeitado jurista, configura-se pela convivência do homem e da mulher sob o mesmo teto (ou não), como se fossem casados.

Não se pode discordar de que uma das tendências do Direito é aproximar cada vez mais esses dois institutos. No entanto, a diferença fundamental, que se reflete na arena da espiritualidade, foge do campo dos direitos civis para se abrigar na própria natureza e origem dessas duas modalidades. O pastor Emerson Porfírio, da Comunidade Presbiteriana de Aracaju (CPA), volta um pouco no tempo para explicar que a iniciação do relacionamento conjugal de forma mais ocidentalizada se deu numa cerimônia na qual os noivos, civilmente habilitados, comparecem diante de um sacerdote (pastor ou padre), na presença de testemunhas. Ali, eles prestam mútuo juramento, comprometendo-se a permanecer unidos até que a morte os separe. Agora marido e mulher, eles contam com a ‘permissão’ da sociedade e a bênção de Deus para gozarem de uma vida em comum, inclusive sexual.

TEMPOS BÍBLICOS

Já nos tempos bíblicos, o casamento tinha início a partir do ato sexual entre homem e mulher (Gênesis 24.67). “Com o curso progressivo da história, vemos o desenvolvimento das expressões de fé e o aprimoramento das relações sociais que se davam em torno da religião judaica. Assim, notamos que no Novo Testamento uma forma mais elaborada havia se desenvolvido. Agora, os acordos entre pais eram firmados numa espécie de contrato de desposamento, no qual o noivo e a noiva se comprometiam um com o outro e ficavam à espera das bodas (festa de casamento). Foi essa a situação vivida, por exemplo, entre Maria e José, quando lhes foi anunciada a vinda de Jesus (Mateus 1.18)”, acrescenta Porfírio.

Desde a forma mais primitiva à mais elaborada de casamento, a Bíblia mostra que ele é firmado sobre o compromisso (aliança) entre os cônjuges de zelarem um pela vida do outro. Essa é a meta que ambos buscarão alcançar diariamente e que dará segurança ao matrimônio. “No casamento, sobretudo o cristão, o casal se une para criar uma nova família com o objetivo de fazê-la dar certo; ou seja, o compromisso, que se propõe eterno, vem antes da família. O pacto (ato de união solene) assumido diante de Deus e da igreja gera por si só o compromisso. No altar, os noivos se assumem como casal e prometem fidelidade e amor até que a morte os separe”, enfatiza Porfírio.

Ao traçar um paralelo entre casamento e união estável, o pastor da CPA destaca que nesse último não há nenhum compromisso público que inaugure a relação. “Esta união só se tornará estável, e então passará a gozar de relevância jurídica, se o tempo a confirmar. A constituição de família, no sentido de um objetivo firme e permanente, é acidental à união do casal. Na união estável, o compromisso é que poderá gerar o pacto, isto é, o reconhecimento dos direitos legais pelo Estado. Em suma, o casamento é um pacto público para a vida toda e a união estável é apenas uma situação de fato que a lei lhe empresta certos efeitos jurídicos”, esclarece o pastor.

“A orientação que dou é que se um homem e uma mulher se amam e se comprometem mutuamente em construir um relacionamento seguro, firmado numa aliança de mútuo amor, no qual Deus será o centro, por que não assumi-lo publicamente através do casamento? A Bíblia apresenta o casamento com duas expressões: o compromisso interior (amor) e o compromisso exterior (acordo, aliança). O casamento, que se edifica sobre o amor e a aliança, é um relacionamento que dá segurança a ambos”, acrescenta.

ATENÇÃO E CARINHO

Por fim, o pastor Emerson Porfírio acredita ser esse um assunto que requer muita atenção e carinho, já que as uniões estáveis têm sido cada vez mais comuns, como acontece com Ana Maria e Jadson, por exemplo. Esse e tantos outros casais jamais serão exclusos do cuidado e do amor de Deus. “Muitos dos que constituem novas uniões e uniões estáveis vêm de relacionamentos sofridos, de muita dor e até preconceito. A igreja deve ser, portanto, um lugar de acolhida, no qual essas pessoas serão acompanhadas caso a caso e uma direção lhes será dada. Procuro tratar esse assunto com graça, de forma a restaurar a visão bíblica e abençoadora do casamento, a fim de que homem e mulher não tenham medo construir um casamento à luz das Escrituras”, completa o pastor Emerson Porfírio.

IGREJA EMERGENTE: Púlpito ou vitrine? Eis a questão!


Qual deve ser o lugar do pastor nos dias atuais? É possível escapar das garras da igreja emergente e recuperar a essência do cristianismo, sem ser uma igreja retrógrada e engessada?

Alessandra Cavalcanti

Você participa de uma grande pregação ou de um grande espetáculo quando vai a um culto? Esse questionamento merece uma boa reflexão para que a resposta seja honesta. É um tipo de assunto que, sem dúvida, pode fazer render muito ‘pano pras mangas’. A estudante Maria Paula Sousa, 24 anos, por exemplo, está pensando seriamente em mudar de igreja, porque a sua ‘vem repetindo os sermões frios do pastor ultrapassado’.

“Acho que não adianta contar com um pastor que deixa a sua sabedoria bíblica apenas no campo da teoria. Na igreja que tenho visitado de vez em quando, há mais animação. Isso atrai’, destaca Maria Paula. Talvez seja nesse tipo de ‘atração’ onde mora o perigo. Para o pastor Ronildo Farias, da Igreja Presbiteriana Sião, o abandono da simplicidade do evangelho acaba sendo apenas um dos contratempos da igreja emergente.

“Ela também pode provocar um comprometimento da pureza proposta por Cristo para os seus seguidores, bem como uma conformação maior com as coisas do mundo, promoção da vaidade e do orgulho, além da sonegação da verdade firmada pela Bíblia. Em resumo, a igreja emergente mais confunde do que explica e/ou auxilia”, destaca o pastor presbiteriano.

ESPIRITUALIDADE RASA

Para o teólogo Kevin De Young, um dos autores do livro ‘Não quero um pastor bacana’ (publicado em 2011 pela Editora Mundo Cristão), vive-se um tempo em que pastores e lideranças, em busca de programações atraentes, têm envolvido seus membros em um ativismo desgastante e uma espiritualidade rasa. Desta forma, perdem o foco da propagação do evangelho, enquanto investem tempo e dinheiro para lotar os bancos de suas congregações. “O resultado disso é uma geração de cristãos aparentemente felizes, mas pouco familiarizados com os fundamentos bíblicos”, diz Young.

Assim, percebe-se que um púlpito, um microfone e um pastor são uma combinação que pode resultar, sim, em uma grande pregação, mas também e tão somente em um grande espetáculo. Colocado em altos pedestais, acima de suas ovelhas e, em alguns casos, adorado como o próprio Deus, o sacerdote pode perder o foco de sua verdadeira missão, ministério e vocação - levando a própria igreja para um abismo repleto de beijos, sorrisos, roupa da moda, afagos e pouca base teológica.

VOCÊ É UM PASTOR BACANA?

O pastor Francinaldo Bessa, da Igreja do Evangelho Quadrangular, também foi entrevistado pela Revista Chama. Apesar de lamentar ‘o padecimento’ da igreja com postura emergente, ele acredita que ainda é possível resistir a esse tipo de modernidade e resgatar a essência do cristianismo, sem tornar a ‘casa de Deus’ uma instituição arcaica e engessada.

“Não podemos esquecer que somos pastores e que a sociedade nos vê de forma diferente. Não precisamos ser carrancudos, nem participar de uma igreja fechada, mas apenas agir de forma equilibrada. A casa de Deus é lugar de alegria, de fé, e o equilíbrio vai fazer toda diferença em nosso ministério”, ressalta o pastor Francinaldo.